Por favor, pensem num
jeito de transformar a água do mar (salgada) em água própria para
consumo mesmo que tenha algum sabor diferente. É urgente e admissível
que, em vez de construirem reservas de água (que não chove), dêem bom
uso ao que o mar continua a dar, com estudo de mecanismos que ajudem
nessa conversão.
As ilhas não têm necessidade de passarem por
falência de água, sendo rodeadas por um majestade de água por todos os
lados. Tenham isso em atenção para não falhar a água no
Verão.
Pode nos faltar quase tudo mas a água é um bem
insubstituível.
Caros leitores,
visitantes e comentadores,
Peço desculpa pela ausência de
alguma escrita mas nem sempre tenho oportunidade para lançar os dedos
ao teclado e lustrá-lo de forma a saírem bons artigos que cativem a
vossa presença assídua.
Quem vive numa ilha (como a nossa linda
e esbelta Terceira) tem sempre bons motivos para escrever e a
inspiração salta a todo o vapor mas é preciso que haja tempo. O clima
até que convida a dar a volta a ela e captar o que nos entrar pelos
olhos adentro. Está linda! Campos verdejantes, floridos, chilrreios
sedutores, as casas a serem embelezadas já a pensar na chegada do
próximo mês (o Maio do início da época taurina), o cheiro a mar
recheado dum manto de água atractiva para alourar o corpo debaixo de
um sol salutar (na medida certa), dos cantares e demais festejos das
paróquias, do Espírito Santo coroando meninos e meninas (quais
pombinhas alvas de neve) na sua indumentária propícia à fé dos
Pentecostes e Trindade, etc. etc. Venham ver e comprovem tudo o que
vos digo em palavras soltas e sinceras.
A profissão que ocupo
tem-me feito ficar um bocado fora deste meu querido blogue, mas quando
aqui venho, saio sempre com a alma curada e desejosa de ir ao encontro
desta bonita realidade.
Há profissões que nos realizam e nos
agradam. A minha profissão faz com que se mantenha o
pão-nosso-de-cada-dia mas da forma que a crise avança (só se ouve
falar de crise e mais crise, nos últimos tempos) este pão tem de ser
bem administrado pelas bocas que o esperam todos os dias. É preciso
saber muito bem a gestão familiar para se saber poupar. A natureza
terceirense ajuda também a curar muita crise, seja ela qual for. E
haja saúde, pois com ela tudo (ou quase tudo) se consegue!
"Hélio Costa: O
humorista que escrevia poemas de amor", Diário Insular, 15 Fev
2009:
Todos o conhecem como o escritor de bailinhos de
Carnaval, mas Hélio Costa lança, a sete de Março, o seu primeiro livro
de poemas de amor. Chama-se "Lava de Sentimentos".
A manhã é
reservada para as danças e bailinhos. Hélio Costa tem mais de
quatrocentos títulos presos, em folhas de papel A4, na parede do
escritório da casa das Lajes. Mas a noite, quando o pensamento se
torna mais pesado e profundo, é, há perto de três anos e meio, para
escrever poemas de amor. Que nunca pensou publicar.
"Comecei a
escrever há uns anos, mas nunca com a ideia de que isto pudesse depois
dar um livro. Até que vieram umas pessoas amigas cá a casa e começámos
a falar de poesia. Acabei por lhes mostrar os poemas que tinha feito e
disseram-me que aquilo até dava para ser publicado", conta, escolhendo
as palavras devagar, com cuidado.
Mas os poemas acabaram mesmo
em livro. Hélio Costa escreve poemas de amor com a mesma energia que
guarda para os bailinhos. O livro terá perto de 80 páginas, mas
garante que já escreveu perto de uma centena.
"Lava de
Sentimentos" é lançado a sete de Março, no Auditório do Ramo Grande,
na Praia da Vitória, com apresentação de Álamo de Oliveira. Outro
lançamento está marcado para o dia 29 do mesmo mês, no Portuguese
Center de Lowell, nos Estados Unidos da América.
Nota-se que
Hélio Costa guarda algum receio em relação a esse momento. Já não tem
nervosismo quando vê subir um bailinho ou uma dança escrita por si a
um palco de uma sociedade, porque isso já aconteceu tantas vezes. Os
risos e o aplauso do público são esperados. Mas os poemas de amor são
outra coisa. "Antes de avançar para a publicação, pedi o apoio da
direcção regional da Cultura. Isso foi, por assim dizer, a prova de
fogo. Se não conseguisse um parecer positivo, queria dizer que não
valia a pena". Os apoios chegaram.
Mas por que começou o
escritor de bailinhos a dedicar-se à poesia? "Era uma vontade que
tinha dentro de mim, algo que me apeteceu fazer. Quem me conhece sabe
que eu gosto de fazer muitas coisas diferentes. O conteúdo do livro
não está baseado em factos da minha vida. Há total liberdade e
imaginação. Não houve mudança nenhuma. O que houve é que nós, humanos,
uns mais do que outros, mas todos, temos sentimentos. Eu, apesar de
ter o meu lado humorístico, tenho também os meus
sentimentos".
Além disso, a escrita de bailinhos deu uma ajuda
no que diz respeito ao aspecto técnico. "Principalmente na facilidade
da rima, porque as danças são todas em rima. E, porque não, cada dança
tem um tema, e também pode ter havido nesses temas algo que me tenha
ajudado neste livro".
Hélio Costa mantém, no entanto, a
reserva. O seu livro nasceu das horas vagas e não da vontade de
"competir" com qualquer outro poeta. Até porque não lê muita poesia.
"O que leio gosto e aprecio a qualidade, mas não leio muita poesia
porque falta tempo. Agora, não quero competir com ninguém, nem pensar
nisso".
O factor surpresa
O que não encontrará decerto
competição é a surpresa que o lançamento de um
livro de poesia por Hélio Costa provocará nas pessoas. "Muito pouca
gente sabe até agora. E tenho a noção de que será uma grande
surpresa", diz. Este factor surpresa também é reconhecido pelo
vereador da Cultura da Câmara Municipal da Praia da Vitória, Paulo
Codorniz. "É um formato a que as pessoas não estão habituadas,
decerto. Não esperam algo como isto vindo do Hélio Costa. Estão mais
habituadas a que ele as faça rir", afirmou a DI.
A esposa e a
família sabem dos poemas. Alguns amigos têm conhecimento que escreve
mas não que pretende publicar. "A minha mulher e a minha família
também me deram apoio. Aliás sempre o fizeram, ao longo da minha
vida". A inspiração, diz que não a vai buscar directamente à vida
real. Nos seus
poemas estão presentes a Lua, o Sol, o Mar. "A quem ler o livro, o que
posso dizer é que o que ali está é fruto de dar liberdade à imaginação
e sonhar. Sonhar, porque toda a gente sonha, e uma grande parte do
livro baseia-se em sonhos... É inspirado também no mar, porque temos o
mar à nossa volta, e penso que, para quem escreve, o mar serve como
inspiração. Nos meus poemas existem esses elementos: O Mar, o Sol, a
Lua", diz.
Mas admite que as pessoas os inspiram, em toda a sua
complexidade. "Imaginamos outras pessoas, a sua maneira de estar, a
maneira de viver, os sentimentos, embora nós não estejamos dentro
delas. É a tal liberdade e imaginação a funcionar".
Resta a
Hélio Costa continuar a dividir a manhãs para os bailinhos e as noites
para os poemas de amor. Por agora, permanece na mente dos terceirenses
como o escritor de danças de Carnaval. "É como disse Álamo de
Oliveira, que vai fazer a apresentação. As pessoas vão comprar o livro
a pensar que, já nas primeiras três páginas, vão estar a rir. Mas não.
Aqui
podem ver mais um pouco do meu fundo".
Os temas são muitos e sucedem-se iluminando o céu que se vestiu com um chapéu de nuvem condensada.
Uma colectânea de emoções que a RTP Açores nos proporciona enquanto se encontra na Praia da Vitória através do seu programa Atlântida apresentado pelo inconfundível Sidónio Bettencourt a que já nos habituámos a ver no ecran e a ouvir na rádio.
Alguns bloguistas terceirenses também estavam lá: In concreto; Futebol Gente e Toiros; Azoriana; Coro Pactis e outros que porventura estavam incógnitos...
E até houve reportagens com imagens impressionantes. Ora vejam:
Andava eu à procura de um código postal que até nem tinha nada a ver com a Serreta, mas ao deparar com o sítio ideal para saber-se estas coisas de códigos, o sentido levou-me a rumar para os lados da freguesia da Serreta, que é e será do concelho de Angra do Heroísmo, e descobri um título curioso...
"ITALIANOS ENCANTADOS COM A TERCEIRA - Turismo de luxo viável nos ... - A União"
E assim, dedos para que vos quero, avancei no clique e deparei-me com um belo de um artigo da autoria de João Rocha, que a dada altura fez-me reler:
(...) Os italianos, da empresa Tecnhicolor, passaram, a 1 de Maio, um dia "absolutamente diferente" na Terceira, sendo que o serviço turístico contemplou uma exibição musical em pleno mar.
Numa organização da Top Atlântico Açores, os realizadores e produtores de cinema italianos apreciarem um tipo de organização turística testado pela primeira vez nos Açores: usufruir da paisagem como factor importante na oferta turística dos Açores em que o mar e as ilhas foram determinantes para a escolha do local, embora o tempo não tivesse colaborado.
Mesmo assim, na freguesia da Serreta, foram contemplados pela actuação de um Grupo de Instrumental de Sopro, que se fez transportar num barco de pesca. No ambiente marítimo criado para o efeito, houve também lugar para um bote baleeiro, de São Mateus.
A animação em terra foi garantida por um grupo de tocadores da viola da terra e de cantares.
Na Ponta do Queimado, na Serreta, foi construída uma estrutura própria em madeira, sendo que o jantar teve de ser transferido para um restaurante local face às adversas condições climatéricas.
A ementa integrou sopa de peixe, cherne grelhado, vinho verdelho dos Biscoitos e doçaria conventual. Os italianos, que também passaram pelas ilhas das Flores e Faial, tiveram a oportunidade de assistir a uma toirada à corda, nas Fontinhas. (...)
Então, resolvi emoldurar este artigo para não me esquecer que a ilha, o mar, a Serreta encantaram os italianos... Ah, grandes italianos!! "Molte grazie".
Outra notícia que também me atraiu para a Serreta foi a do falecimento do homem que contava 91 anos e já tinha feito 61 anos de casado. Os sinceros pêsames a toda a sua família.
Enquanto houver amor, ilha e arte blogarei por toda a parte...
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