Quinta-feira, 19 de Fevereiro de 2009

Hélio Costa, autor de Danças e de poemas lindos, é notícia actual

"Hélio Costa: O humorista que escrevia poemas de amor", Diário Insular, 15 Fev 2009:

Todos o conhecem como o escritor de bailinhos de Carnaval, mas Hélio Costa lança, a sete de Março, o seu primeiro livro de poemas de amor. Chama-se "Lava de Sentimentos".

A manhã é reservada para as danças e bailinhos. Hélio Costa tem mais de quatrocentos títulos presos, em folhas de papel A4, na parede do escritório da casa das Lajes. Mas a noite, quando o pensamento se torna mais pesado e profundo, é, há perto de três anos e meio, para escrever poemas de amor. Que nunca pensou publicar.

"Comecei a escrever há uns anos, mas nunca com a ideia de que isto pudesse depois dar um livro. Até que vieram umas pessoas amigas cá a casa e começámos a falar de poesia. Acabei por lhes mostrar os poemas que tinha feito e disseram-me que aquilo até dava para ser publicado", conta, escolhendo as palavras devagar, com cuidado.

Mas os poemas acabaram mesmo em livro. Hélio Costa escreve poemas de amor com a mesma energia que guarda para os bailinhos. O livro terá perto de 80 páginas, mas garante que já escreveu perto de uma centena.

"Lava de Sentimentos" é lançado a sete de Março, no Auditório do Ramo Grande, na Praia da Vitória, com apresentação de Álamo de Oliveira. Outro lançamento está marcado para o dia 29 do mesmo mês, no Portuguese Center de Lowell, nos Estados Unidos da América.

Nota-se que Hélio Costa guarda algum receio em relação a esse momento. Já não tem nervosismo quando vê subir um bailinho ou uma dança escrita por si a um palco de uma sociedade, porque isso já aconteceu tantas vezes. Os risos e o aplauso do público são esperados. Mas os poemas de amor são outra coisa. "Antes de avançar para a publicação, pedi o apoio da direcção regional da Cultura. Isso foi, por assim dizer, a prova de fogo. Se não conseguisse um parecer positivo, queria dizer que não valia a pena". Os apoios chegaram.

Mas por que começou o escritor de bailinhos a dedicar-se à poesia? "Era uma vontade que tinha dentro de mim, algo que me apeteceu fazer. Quem me conhece sabe que eu gosto de fazer muitas coisas diferentes. O conteúdo do livro não está baseado em factos da minha vida. Há total liberdade e imaginação. Não houve mudança nenhuma. O que houve é que nós, humanos, uns mais do que outros, mas todos, temos sentimentos. Eu, apesar de ter o meu lado humorístico, tenho também os meus sentimentos".

Além disso, a escrita de bailinhos deu uma ajuda no que diz respeito ao aspecto técnico. "Principalmente na facilidade da rima, porque as danças são todas em rima. E, porque não, cada dança tem um tema, e também pode ter havido nesses temas algo que me tenha ajudado neste livro".

Hélio Costa mantém, no entanto, a reserva. O seu livro nasceu das horas vagas e não da vontade de "competir" com qualquer outro poeta. Até porque não lê muita poesia. "O que leio gosto e aprecio a qualidade, mas não leio muita poesia porque falta tempo. Agora, não quero competir com ninguém, nem pensar nisso".

O factor surpresa

O que não encontrará decerto competição é a surpresa que o lançamento de um livro de poesia por Hélio Costa provocará nas pessoas. "Muito pouca gente sabe até agora. E tenho a noção de que será uma grande surpresa", diz. Este factor surpresa também é reconhecido pelo vereador da Cultura da Câmara Municipal da Praia da Vitória, Paulo Codorniz. "É um formato a que as pessoas não estão habituadas, decerto. Não esperam algo como isto vindo do Hélio Costa. Estão mais habituadas a que ele as faça rir", afirmou a DI.

A esposa e a família sabem dos poemas. Alguns amigos têm conhecimento que escreve mas não que pretende publicar. "A minha mulher e a minha família também me deram apoio. Aliás sempre o fizeram, ao longo da minha vida". A inspiração, diz que não a vai buscar directamente à vida real. Nos seus poemas estão presentes a Lua, o Sol, o Mar. "A quem ler o livro, o que posso dizer é que o que ali está é fruto de dar liberdade à imaginação e sonhar. Sonhar, porque toda a gente sonha, e uma grande parte do livro baseia-se em sonhos... É inspirado também no mar, porque temos o mar à nossa volta, e penso que, para quem escreve, o mar serve como inspiração. Nos meus poemas existem esses elementos: O Mar, o Sol, a Lua", diz.

Mas admite que as pessoas os inspiram, em toda a sua complexidade. "Imaginamos outras pessoas, a sua maneira de estar, a maneira de viver, os sentimentos, embora nós não estejamos dentro delas. É a tal liberdade e imaginação a funcionar".

Resta a Hélio Costa continuar a dividir a manhãs para os bailinhos e as noites para os poemas de amor. Por agora, permanece na mente dos terceirenses como o escritor de danças de Carnaval. "É como disse Álamo de Oliveira, que vai fazer a apresentação. As pessoas vão comprar o livro a pensar que, já nas primeiras três páginas, vão estar a rir. Mas não. Aqui podem ver mais um pouco do meu fundo".

publicado por Terceirense às 11:31
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