Quinta-feira, 4 de Setembro de 2008
Sexta-feira, 2 de Maio de 2008
Quando se pronuncia Álamo de Oliveira já por si só é um poema. Um poema feito da raiz da perfeição, da excelência e da contemplação.
- Conheço o poeta terceirense, açoriano, mundial, desde a infância. Era vizinho da minha zona. Percorria o mesmo trajecto. Naquele tempo não sabia o valor deste Homem da Poesia. Hoje dou-lhe todo o valor. Eu não tenho sequer uma décima da sua arte. Sou terceirense e isso me conforta a alma.
- E porquê Álamo de Oliveira neste dia?
- Porque hoje é dia do seu aniversário. Queres dia melhor que este para saborear o doce perfume da sua poesia?
- Não sei fazer esse paladar dos deuses. Só ele o pode...
- Tens razão. Só ele pode talhar as palavras como pérolas; só ele pode cultivar o eco dos versos de luar e maresia; só ele pode cuidar da formosura da prosa dos dias tristes e alegres; e...
- E o quê... Continua... Estava a gostar... Mas...
- Mas "Já não gosto de chocolates" e agora apetecia-me um ou dois... Para comemorar...
- Mas ele está longe não é?
- Sim. Disseram-me que está ausente da ilha... Mas voltará em breve. Foi esta amiga que me disse a data do aniversário :)
- Vais dar-lhe os Parabéns?
- Talvez... Sabes, ele conhece-me. Eu conheço-o. Dizemos "Olá" e acenamos cada vez que cruzamos a mesma rua, o mesmo ladrilho. Tenho receio de falar com ele muito tempo...
- Ora, porquê?
- Porque falar com "Deus" sem estarmos preparados é tarefa difícil... Mando-lhe mensagens com os elogios que ele merece.
- Mas ele é muito simpático e sabes disso.
- Sim é. Mas sinto sempre um medo de dizer as palavras certas na hora errada ou vice-versa. Ele é poeta! E os poetas quando olham, vêem a nossa alma inteira... No seu olhar há oceanos de talento, fogo literário...
- Não digas mais ou então faz-lhe a homenagem que merece...
- Não sei como...
- Diz o que sentes e pronto. Ele aceita o sentir da pessoa amiga.
- O que sinto? Pois... Queria ser como ele... Será pecado este pensamento?
- Acho que não. É um bonito sentimento.
- Se um dia escrevesse um livro gostava que o Álamo fosse o dono do Prefácio. Para ter uma lembrança dele como a que tenho do livro "O meu coração é assim" (antologia) com organização e prefácio de Diniz Borges.
A página 121 tem o que foi publicado no Vento Norte - Supl. Jornal «Diário Insular», 1999, da autoria de Diniz Borges:
"Na poesia, no teatro, na ficção narrativa e até mesmo no ensaio, o nosso poeta apresenta-nos um mundo onde a humanidade poderá revestir-se de dignidade e justiça. Cada texto é composto por um lirismo que eleva o espírito humano. Em cada um dos seus textos existe um grito profundo que penetra os labirintos mais recônditos da nossa existência. Nos cerca de 30 títulos já publicados, e entre a miríade de temas que o autor tem explorado, a emigração e as suas marcas profundas na sociedade e na idiossincrasia açorianas, têm tido relevo especial. É que Álamo Oliveira continua a ser um escritor do seu povo e do seu lugar e, por isso, um escritor de todos os povos e de todos os lugares."
- É. É um poeta universal.
- Não me vou alongar mais. Resta-me desejar-lhe felicidades... Parabéns vizinho! Parabéns Poeta!
- Achas que ele vai ler esta conversa?
- Alguém lerá e lhe dirá. Tenho esperança que as pesquisas ajudem.
- Ah, pois... As pesquisas com a ajuda do SAPO.
- Sim, com a ajuda do maior pesquisador português. Até breve!
- Até breve.
Enquanto houver amor, ilha e arte blogarei por toda a parte...