Sábado, 11 de Outubro de 2008

Poema ao Presidente dos Açores - Carlos César

O rosto da Região



Eu quero louvá-lo ainda,
Porque é digno de louvores.
E não há terra mais linda,
Que a das ilhas dos Açores!

É por tudo o que tem feito
Que se vê desenvolvimento:
Este momento é perfeito
Para o agradecimento.

Conheço a sua actuação,
Bem como a cordialidade,
A todos dá atenção
E preserva a amizade.

Não é pessoa arrogante,
Nem é falso o seu sorriso;
Faz com que o emigrante
Volte a este paraíso.

Não se trave a caminhada,
A quem provas já nos deu
De ser pessoa honrada
Junto com Governo seu.

Quem me dera um dia ir
Entregar-lhe um ramalhete
E umas quadras a florir
Nas linhas de um bilhete.

Mas se tal não puder ser,
Fica aqui a ovação.
Este Presidente quero ter:
É o rosto da Região!

publicado por Terceirense às 19:00
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Terça-feira, 7 de Outubro de 2008

Cantando à sombra

Há almas que passam fome,
Despidas de um emprego;
E há até quem mal come,
Não vendo seu corpo em rego.

Vão vivendo muito a custo,
Fruto de vida tirana;
Passaram por muito susto,
Numa ilha açoriana.

P'ra fugir à tirania,
Dos dias mais tenebrosos
Abraçaram a cantoria...

Que pede rima pausada;
Mas nunca irão ser famosos
À sombra sem se ouvir nada.

publicado por Terceirense às 13:04
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Segunda-feira, 6 de Outubro de 2008

Saudade

Dentro do coração da América cabem as ilhas com a grandeza dos seus usos, costumes e religiosidades. O Folclore, o Carnaval, o Espírito Santo, As Cantigas ao Desafio, as Festas do Padroeiro, etc. vão todos na bagagem e plantam-se em proporções alargadas e brilhantes. Lá, acrescentam-lhes a riqueza formal que a nova mansão lhes dá.

O que nunca muda é a alma de ilhéu. Não há cinza ou pedra que desmorone o sentimento que levam de cá. Por essa razão, não há tradução para uma palavra única, que os emigrantes não conseguem esconder, sobretudo aqueles que emigram por circunstâncias inesperadas e que gostava de ser ilhéus.

O sentimento vestiu-se da palavra SAUDADE, que não se imita, não se traduz, mas sente-se.

 

Saudade, saudade, só tu permaneces intacta na alma do emigrante, com o coração rendido à ilha que lhe deu o ser.

publicado por Terceirense às 00:13
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Quarta-feira, 24 de Setembro de 2008

Cem palavras

Há pouco, quando entrei no meu local de trabalho e quis cumprimentar uma pessoa de regresso à casa (até tive um bocadinho de espera para dar as boas-vindas) e tive logo receio de me entranhar na conversa que a rodeava pois atingiu-me o sistema nervoso. Vai uma pessoa uns tempos grandes para casa e quando volta é mirada de cima a baixo, em altura e largura, ao ponto de nos apalparem as curvas mais em destaque e de nos darem uns conselhos medonhos para voltarmos a ter o penar de olhar para o espelho e termos uma coisa que, às vezes, tem o título de depressão. Já nos basta a depressão dos dias cinzentos, das ameaças de chuva, dos gastos exagerados, das despesas malucas, das contas obrigatórias, das casas para manter, dos filhos para comer, da vida para viver acompanhada de imposto daqui e imposto dali, e ainda, por cima, termos de estar sempre como manda o figurino das "top model" que nem sabem o gosto que tem uma batatinha frita, um molho temperado com tudo a gosto, de uma salsicha estendida num pão fofinho, de uma hambúrguer com os acompanhantes que tivermos, etc. Tem logo de vir a ladainha do que devemos ou não devemos fazer, o chamar a atenção para isto e para aquilo de maneira muito suave não vá a gente se escandalizar ou traumatizar. Com mil e seiscentos macacos coloridos de côco: afinal quem é que está na nossa pele - são os outros ou nós? Por acaso algum homem quando vê outro passado algum tempo repara se a barriga cresceu com a cerveja que bebeu? Por acaso alguma criatura que regressa de um período prolongado de ausência repara se a perna está mais larga ou mais fina para ser o tema da primeira conversa do dia?

Pois perante esse tipo de conversa eu dou meia volta aos calcanhares e ponho-me a distrair com música radiofónica, ou coisas afins que são muito mais valiosas que ter uma ou mais roscas no físico. Sou daquele conjunto de pessoas que está em vias de extinção devido a uma propaganda que abunda na actualidade, mas o que fazer? Dietas loucas nuns dias e passados uns meses haver um retrocesso para pior do que estava quando se começou no regime porque sim, porque é o que todos dizem, porque é assim que deve ser, porque há uma mão cheia que nos aponta o dedo por sermos os GORDOS?! E o que acontece a quem tem geneticamente propensão para a largura? Vão-se por na lista para abate? Vão fechar-se num casarão com dimensões adequadas ao tamanho do freguês?

Que diabo é que se passa na cabeça de uma meia dúzia que se vira a atirar bocas a outra meia dúzia?

E pronto, não escrevo mais hoje. Nem sei se foram as cem palavras mas acho que ultrapassou a minha intenção inicial. Agora resta-me ficar no meu canto e sem palavras por um bocado grande.

Bom regresso e tudo de bom para ti, colega.

publicado por Terceirense às 12:35
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Terça-feira, 9 de Setembro de 2008

Bem vistas as coisas...

O Reitor do Santuário da freguesia da Serreta e Director do Jornal "A União" até tem razão:

"O que queremos é garantias de que a água nunca mais vai faltar nas nossas casas, que vão reabrir as escolas primárias que já fecharam em algumas freguesias, que vão tomar medidas para combater a desertificação de algumas das nossas comunidades rurais, que vão desatar os nós que constrangem a lavoura, que se vão rasgar os laços que não nos prendem a níveis de desenvolvimento muito baixos."

Parte da notícia on-line que tem o seguinte endereço: http://www.auniao.com/noticias/ver.php?id=14077

Eu acrescentaria: abolição de tanta papelada para se conseguir ter algo por conta própria; comparticipação no embelezamento das fachadas das casas de agregados familiares carenciados; mercearias ambulantes para quem não tem meios de ir às compras nas grandes superfícies comerciais e respectiva distribuição ao domicílio para quem é idoso ou vive só sem grandes recursos financeiros; e basta de beatas de cigarros espalhados por tudo o que é canto... (para esta situação não há solução assim repentina, penso).

Talvez na véspera das eleições houvesse alguém que embelezasse as casas que estão com falta de tinta por esse concelho fora. Acho que o Estado devia ajudar, pois é impossível a alguns agregados familiares conseguirem fazer essa obra em casas que estão mesmo debaixo do olhar do transeunte, do turista e do mundo real e também do virtual. Acho que surtia efeito uma campanha do género: "Casa prendada tem de estar pintada e nós ajudamos!" - Quem decretar esta lei tem o meu voto garantido, já que política para mim é deveras desinteressante.

Ah, e já agora... Um duche garantido depois deste trabalho todo :-)

publicado por Terceirense às 13:28
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Enquanto houver amor, ilha e arte blogarei por toda a parte...

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