Conheço uma família
monoparental cujo membro familiar está a braços com uma dívida
existente relativa à habitação. Até aqui nada de estranho, é o comum
da actualidade. As famílias que querem ter abrigo e que, pelo menos,
um dos membros trabalha e recebe honorários pelo seu trabalho, podem
candidatar-se a habitação porque o Banco ajuda, caso se reúnam as
condições essenciais ao contrato.
Voltando ao caso... A dívida
desta família, que desmoronou, ficou dividida a meio: 50% para um dos
cônjuges e 50% para outro. Acontece que a crise alastra (até nos
Bancos) e, então, uma das partes foi chamada ao Banco onde a dívida
vai correndo, para entregar alguma documentação que diziam estar em
falta. A pessoa foi ciente de que levava a documentação correcta e
dirigiu-se ao balcão.
Aí é que algo deu para o torto (ou não),
dependendo do que o futuro trará: a pessoa em dívida sabia que as
prestações mensais podiam ser mais suaves e tentou saber se, no seu
caso, era possível baixar a elevada quantia que, a muito custo,
dispensava todos os meses mesmo que faltasse para o agregado familiar
o resto do mês. Foi-lhe dito que sim, que era possível rever o
"spread" e a taxa Euribor mas que teria que provar que o seu
ordenado seria direccionado para a sua conta e que teria de aderir a
uma série de cartões (débito, crédito, PPR) de forma a ser cliente de
muitos serviços bancários...
Para algumas pessoas isto até
seria um oásis... Imaginem a alegria de puder gastar e só dali a
tempos ver-lhes descontados os gastos... Mas como é que uma pessoa que
já tem dificuldades mensais vai fazer bom uso destes cartões? Como vai
conseguir poupar um cêntimo para "amealhar" no cartão
leve de PPR (Plano Poupança Reforma)?! Não será mais um
trampolim para se endividar?
Resultado: Se vier a reduzir na
mensalidade da prestação irá ficar com outro dilema - baixou ali e
levantou acolá.
Atenção, senhores governantes e gerentes dos
Bancos, não induzam as pessoas em erro e se não conseguem baixar as
prestações mensais sejam frontais e não inventem mais dores de cabeça
ao "Zé Povinho"! Tenho a certeza que não haverá grande
benefício para esta família. O futuro o dirá... E Portugal cada vez se
afundará mais.
Enquanto houver amor, ilha e arte blogarei por toda a parte...
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Desambientado (Félix Rodrigues)