Na ilha, no último adeus de seres que salvaram vidas (e de todos os que foram vivendo até à meta final), os sinos choram as últimas badaladas num toque triste, ritmado, persistente. Parece que nos dizem: "Vou... Vou... Vou" (E não se sabe bem para onde... certamente é para o Pai: a alma).
Os sinos não se calam, os sinos dobram insistentes e mais ainda quando a dor é maior, o luto mais negro, a imensidão da tristeza se torna difícil de suportar tal como o dia acabrunhado de novelos cinzentos mesclados de branco que encobrem o azul lindo...(Adoro este nosso azul).
Os sinos tocam convidando-nos a pausar qualquer tarefa e para nos fazer pensar como a vida é curta... Os sinos não se calam ao ponto de não se conseguir evitar uma tristeza cá dentro e magoam o coração que também começa a tocar noutro ritmo... A tristeza invade-nos enquanto os sinos tocam mais "Vou... Vou... Vou...", no último adeus.
Na ilha os sinos ainda existem, só não existe mais um ser que hoje foi para o Pai, e digo: - Paz à sua alma!
A morte é triste mas mais triste é o último adeus à vida e à ilha que é berço de basalto negro, que é âncora de azuis, que é reservatório de verdes num painel perfeito...
Hoje, a ilha também chora...
Enquanto houver amor, ilha e arte blogarei por toda a parte...
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